A nossa riqueza e a nossa pobreza consiste em sermos contraditórios. Riqueza, porque nos mostra que por mais que as coisas possam parecer complexas, banais ou diferentes, têm sentido. Pobreza, porque há diferenças entre o que dizemos e como agimos, entre o que queremos e o que somos.
Porém, são essas diferenças nas nossas reações, atitudes, motivações... que nos tornam seres únicos perante os outros. Aceitar esse fato é o ponto de partida para o nosso auto- conhecimento, para o nosso melhoramento como ser humano.
Devemos ser flexíveis e humildes para questionar, reexaminar, repensar e se for necessário até mudar nossas certezas, nossos pontos de vista, pois nosso compromisso é com a verdade que percebemos em cada momento ou situação e não com verdades absolutas, moralistas, impostas. Muitas vezes somos inseguros e costumamos esconder nossa fragilidade, nossas inseguranças, impondo certezas aos outros que não possuímos, atitudes que não devemos praticar. Usamos frases feitas como lemas de vida, agimos como falsos moralistas, que ditam regras e que não entendem a complexidade do ser humano.
Tomar consciência das nossas contradições, da nossa complexidade, limitações e da nossa essência, enquanto seres imperfeitos, é uma das mais difíceis aprendizagens da vida. Não é fácil desaprender a ter certezas, rever dogmas que parecem definitivos e aceitar conhecimentos incertos, incompletos, porém, é preferível caminhar com poucas certezas, mas construídas e questionadas.Aceitar nossas contradições é caminhar na aprendizagem para diminuí-las, para que não nos impeçam de crescer.
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